Povo Ka’apor se posiciona contra projetos de ‘Economia Verde’ em seu território
Em nota, os indígenas afirmam que estão desenvolvendo estratégias próprias para proteger as florestas e rejeitam as tentativas de implantação do sistema REDD+
Em nota, os indígenas afirmam que estão desenvolvendo estratégias próprias para proteger as florestas e rejeitam as tentativas de implantação do sistema REDD+
Ameaças ocorrem normalmente após desmobilização de garimpos ilegais. Atualmente, 18 líderes Munduruku, na território localizado no alto rio Tapajós, no Pará, estão sob ameaça de morte, segundo levantamento dos próprios indígenas. A TI Munduruku é um dos três solos indígenas que concentram 95% do garimpo ilegal no país, juntamente com os territórios Yanomami (RR) e Kayapó (PA)
Relatório divulgado em 2022 pela Hutukara Associação Yanomami e Instituto Socioambiental já denunciava essa situação, com base em dados coletados no ano anterior, que mostrou que 2021 era, até então, o ano de maior destruição provocada pelo garimpo ilegal na região. Foto: Leonardo Frazão | Agência Brasil
Além da luta pela posse da terra, os quilombolas também vêm sofrendo com a contaminação da água, do solo e do ar pelos metais pesados que são despejados pelas mineradoras. Análises laboratoriais constataram níveis excessivos de chumbo e níquel entre os moradores, que relatam sintomas que vão de coceira e feridas pelo corpo a casos de câncer.
Retirada de garimpeiros das terras indígenas é o primeiro passo fundamental para começar a minar o problema. Porém, para acabar com ilegalidade na cadeia do ouro, como vem prometendo o governo Lula, é preciso mudar a legislação, fortalecer a fiscalização e implantar novas tecnologias de rastreio
A Unijava cobra o aprofundamento das investigações sobre ilícitos praticados na região, onde há 64 aldeias de 26 povos, e cerca de 6,3 mil pessoas. Comitiva federal do primeiro e segundo escalões vai à região no dia 27/02
O que as associações pedem ao governo federal é que o território de Maturacá seja incluído nas ações de enfrentamento ao garimpo ilegal
Os Povos Indígenas não vão salvar a Amazônia sozinhos. A união entre os povos Indígenas da Amazônia deve ser estimulada. O conhecimento Indígena pode sustentar o conhecimento científico. Esta combinação pode oferecer respostas concretas a problemas críticos da Amazônia, criando um esforço intergeracional: Indígenas e não Indígenas caminhando juntos no conhecimento.
Entre as temáticas a serem debatidas estão as sobreposições territoriais com unidades de conservação; a organização social e a gestão de territórios; as políticas de educação e geração de renda; ecologia histórica; reforma agrária e as parcerias científicas
Cenas de horror dizem mais sobre os napë, os não indígenas, que sobre esse povo