Cadeia ilegal de ouro só é possível com omissão das instituições, diz estudo
ANM, Banco Central e Receita Federal falham ou deixam de coibir operações com o roubo de minério em terras indígenas
ANM, Banco Central e Receita Federal falham ou deixam de coibir operações com o roubo de minério em terras indígenas
Ameaças ocorrem normalmente após desmobilização de garimpos ilegais. Atualmente, 18 líderes Munduruku, na território localizado no alto rio Tapajós, no Pará, estão sob ameaça de morte, segundo levantamento dos próprios indígenas. A TI Munduruku é um dos três solos indígenas que concentram 95% do garimpo ilegal no país, juntamente com os territórios Yanomami (RR) e Kayapó (PA)
Garimpo acelerou nos últimos dois anos, alcançou áreas de floresta intacta e atingiu diretamente uma a cada três aldeias yanomami, segundo novo monitor do garimpo ilegal na Amazônia
Relatório divulgado em 2022 pela Hutukara Associação Yanomami e Instituto Socioambiental já denunciava essa situação, com base em dados coletados no ano anterior, que mostrou que 2021 era, até então, o ano de maior destruição provocada pelo garimpo ilegal na região. Foto: Leonardo Frazão | Agência Brasil
Estudo feito pelo Instituto Socioambiental e pelo WWF-Brasil destaca que impactos da atividade vão além dos limites municipais. Em 2022, as águas de Alter do Chão, em Santarém, ficaram turvas com a chegada dos sedimentos oriundos dos garimpos ilegais
Exposição itinerante da fotógrafa Claudia Andujar, que atua em defesa do povo indígena desde os anos 1970, ocupa o centro cultural The Shed, em Manhattan, após passar por Paris, Barcelona e Londres
Garimpo ilegal e grilagem são os maiores responsáveis por desmatamento em territórios com presença confirmada de indígenas em isolamento
Dados levantados pelo Instituto Socioambiental (ISA) mostram que mais de 6,5 mil hectares de floresta foram devastados em 16 terras indígenas com presença de isolados entre 2020 e 2022
Maria Leusa Kaba Munduruku alerta que a atividade do garimpo ilegal não cessou; no Pará, continuam as invasões aos territórios dos povos Munduruku e Kayapó, ainda sem uma operação federal como a atual na Terra Indígena Yanomami
A atividade criminosa põe em risco a saúde e o meio ambiente, especialmente entre os povos Munduruku e Kayapó, no estado do Pará