Garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia subiu 1.217% em 35 anos
De 1985 para 2020, a área atingida pela atividade garimpeira passou de 7,45 quilômetros quadrados (km²) para 102,16 km²
De 1985 para 2020, a área atingida pela atividade garimpeira passou de 7,45 quilômetros quadrados (km²) para 102,16 km²
Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal revelaram que ouro ilegal Yanomami foi comercializado por atravessadores para instituições financeiras acusadas de danos ambientais na Amazônia e lavagem de ouro no Pará
Nas comunidades às margens dos rios mais afetados pelas atividades garimpeiras, sobe para nove em cada dez participantes da pesquisa realizada pela Fiocruz os que apresentaram altos níveis de contaminação. O garimpo ilegal contamina os rios e peixes com o mercúrio, abre clareiras na floresta, que arrastam árvores, espantam animais de caça e mudam os cursos hídricos.
Quase dois terços do ouro (61%) são extraídos na Amazônia. A suspeita é de que 32 toneladas do metal recolhido na região, em 2021, eram irregulares.
A atividade criminosa põe em risco a saúde e o meio ambiente, especialmente entre os povos Munduruku e Kayapó, no estado do Pará
Domingo (22), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que oficiaria a PF para apurar os “fortes indícios de genocídio e de outros crimes” relacionados “aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomami”. Omissão de socorro e crimes ambientais serão investigados.
Segundo Weibe Tapeba, os indígenas estão à mercê do crime organizado, porque há muitas pessoas armadas, coagindo [os indígenas] e sem se intimidar com a presença das Forças Armadas
A Polícia Federal informou ontem (23) que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante do duplo assassinato. Bruno e Dom foram mortos a tiros no dia 5 de junho de 2022 e tiveram seus corpos queimados e enterrados.
Nota diz que deficiência na oferta de serviços de saúde, falta de distribuição de remédios e presença de garimpeiros na região contribuíram para a situação e que as providências tomadas pelo governo anterior foram limitadas
Funai, Exército, Polícia Federal e Ministério Público Federal receberam dezenas de relatos de ataques de garimpeiros e pedidos de reforço na segurança