Fundo Amazônia volta e aprova prioridade para Yanomami
Parado há quatro anos, fundo tem R$ 3,3 bilhões; retomada terá ações de proteção a indígenas, fiscalização e ordenamento territorial. Foto: André Telles/Divulgação BNDES
Parado há quatro anos, fundo tem R$ 3,3 bilhões; retomada terá ações de proteção a indígenas, fiscalização e ordenamento territorial. Foto: André Telles/Divulgação BNDES
Retirada de garimpeiros das terras indígenas é o primeiro passo fundamental para começar a minar o problema. Porém, para acabar com ilegalidade na cadeia do ouro, como vem prometendo o governo Lula, é preciso mudar a legislação, fortalecer a fiscalização e implantar novas tecnologias de rastreio
Estudo feito pelo Instituto Socioambiental e pelo WWF-Brasil destaca que impactos da atividade vão além dos limites municipais. Em 2022, as águas de Alter do Chão, em Santarém, ficaram turvas com a chegada dos sedimentos oriundos dos garimpos ilegais
La Niña do ano passado fez superfície de água do bioma crescer pela primeira vez depois de 12 anos seguidos abaixo da média
O que as associações pedem ao governo federal é que o território de Maturacá seja incluído nas ações de enfrentamento ao garimpo ilegal
O estudo “Ameaças antropogênicas iminentes e priorização de áreas protegidas para onças-pintadas na Amazônia brasileira”, do WWF, Cenap/ICMBio e parceiros, analisou as ameaças às onças-pintadas e suas populações em 447 terras protegidas da Amazônia brasileira, incluindo 330 reservas indígenas
Sócios do Frigo10, incluindo o próprio governador Denarium, acumulam R$ 20 milhões em multas por crimes ambientais na floresta amazônica. Um deles, Ermilo Paludo, criou gado ilegal na Terra Yanomami por mais de 20 anos. Em 2022, Denarium concedeu ao parceiro de negócios uma área de floresta pública para criação de boi. Na mesma área, procurador de Paludo já tem autorização para explorar ouro.
As cargas contrabandeadas tinham origem em diversos países e entravam no Brasil por meio de uma empresa sediada em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), também vinculada aos criminosos.
Agência Pública acompanhou um dia de atividades dos fiscais do Ibama que estão na linha de frente do combate ao garimpo na terra Yanomami. O órgão ambiental trabalha com seus próprios recursos nessas primeiras operações no território.
Participaram da reunião representantes mais de dez etnias. São elas: Apiaká, Arapium, Arara Vermelha, Borari, Cara Preta, Kumaruara, Jaraqui, Maytapu, Munduruku, Tapajó, Tupaiu, Tupinambá e Satere-Mawé.